Entre “ser e não ser”...
“Não tomo café-da-manhã em casa, faço-o no trabalho, lá pelas 10 horas. Em geral, pão francês, frito ou com toneladas de margarina, se esta for boa. E mais ou menos meio litro de café. Não é força de expressão. Meu almoço não tem hora certa, A cada dia da semana, pela agenda de trabalho, como em um horário diferente. Às vezes, meio-dia, às vezes duas, três da tarde. Depende. Arroz, feijão, carne. Quando almoço fora, maioria das refeições, carne gorda de churrasco. E mais café. Depois de muita Coca-Cola. Mato uma de 600ml numa facilidade espantosa. Raramente como algo à tarde. A janta é sempre farta: mais carne, mais Coca-Cola. Em finais de semana, costumo comer bem... Massa, um doce, cervejas (nunca sei a quantidade certa), e mais carne. Quando tem rock, abro mão do jantar tradicional: como uma bobagem qualquer antes de sair (resto de carne, pão com ovo, algo do gênero) pra depois do auê, comer um sanduba, de preferência “podrão” da Praça Cívica. Com Coca-Cola. Ou quem sabe Habib’s da Praça Tamandaré. Geralmente 6 a 8 esfihas e muita... Coca-Cola. Deito-me, pra dormir, pouco tempo depois. Mas isso só ocorre depois de bebericar à pampa no rock. Tenho uma tolerância imensa ao álcool. Tomo uma caixa de cerveja em lata na boa, sem problemas. Não fumo nada, nem cheiro.”
Quando terminei meu relato à doutora gastro, onde fui me queixar de uma dor de estômago persistente, ela estava com o olhar perdido, com um leve toque de nojo na face pálida. Ao arrematar meu conto de horrores, disse-lhe que me medicava sozinho, sem orientação médica: cloridrato de ranitidina, ou omeprazol. Soma-se o fato de eu ser completamente sedentário. Ela suspirou e pausadamente me disse que assim eu não chegaria aos 60 como uma pessoa saudável, isso SE chegasse, e que era preciso imediatamente mudar os hábitos alimentares.
Então, estive diante de um dilema: e minha postura auto-destrutiva de roqueiro, como fica? Gordura, álcool, Coca-Cola e café são vitais para meu organismo. Se fico sem eles, bate uma tristezinha sem fim. Mas por outro lado, meu estômago é uma colônia de bactérias, e está caminhando a passos largos para uma úlcera gástrica. É o que dizem os exames, com a deselegante expressão “gastrite crônica severa”. Porra...
De repente, eu vejo todo um estilo de vida sendo ameaçado. Como freqüentar o rock sem beber? Ou como disse a doutora – “beber comedidamente”? Como almoçar no fim de semana, não sendo um legítimo viking? Estes hábitos fazem parte da minha identidade pessoal, oras...
Posso tentar, sem dúvida. Afinal, ouvi uma taxativa doutora me alertando sobre um enfarte prematuro, ou uma úlcera estomacal. Não quero nada disso. E sei que também não quero deixar o “tudão” da Praça Cívica após o Martin Cererê. Não quero beber “comedidamente” nos shows, porque assim não tem graça. Não há como ser roqueiro fodão sem chapar (é óbvio que esta é a MINHA concepção de roqueiro fodão).
Pensar que uma noitada rock envenena tanto a ponto de condenar à morte prematura me assusta. Lógico, há casos e casos. Você pode ser mais resistente que eu. Seu eletrocardiograma pode não acusar leve arritmia como o meu. O rock já fodeu meu ouvido, sou parcialmente surdo. O rock já desgraçou meu bolso, com o vício de discos, guitarras, baixos, cubos e etc. O rock já me meteu em “n” encrencas. Agora, constato que ele está ali, em meio ao complô contra meu organismo. O filho da puta está me tentando. Parar de beber? Comer saudavelmente? NUNCA! Pelo menos enquanto o rock circular nas veias. É isso que ele me diz.
Enquanto me acabo frente a esta decisão – deixar de ser eu e ser saudável, ou continuar a ser um troll e morrer logo – eu me propus a observar o que entra pela minha boca dentro do rock, aqui em Goiânia. E desdobrar isso, em múltiplos assuntos que possam surgir. Grande parte dos meus problemas estomacais eu devo ao rock! E é através dele que quero compartilhar algumas opiniões sobre o que comemos na “rock city”. Lugares, comidas, bebidas, shows e eventos ligados ao rock serão aqui comentados, não como crítica profissional, pois não tenho este gabarito, mas como forma de debater um assunto interessante. Eu vou me divertir muito...
“Não tomo café-da-manhã em casa, faço-o no trabalho, lá pelas 10 horas. Em geral, pão francês, frito ou com toneladas de margarina, se esta for boa. E mais ou menos meio litro de café. Não é força de expressão. Meu almoço não tem hora certa, A cada dia da semana, pela agenda de trabalho, como em um horário diferente. Às vezes, meio-dia, às vezes duas, três da tarde. Depende. Arroz, feijão, carne. Quando almoço fora, maioria das refeições, carne gorda de churrasco. E mais café. Depois de muita Coca-Cola. Mato uma de 600ml numa facilidade espantosa. Raramente como algo à tarde. A janta é sempre farta: mais carne, mais Coca-Cola. Em finais de semana, costumo comer bem... Massa, um doce, cervejas (nunca sei a quantidade certa), e mais carne. Quando tem rock, abro mão do jantar tradicional: como uma bobagem qualquer antes de sair (resto de carne, pão com ovo, algo do gênero) pra depois do auê, comer um sanduba, de preferência “podrão” da Praça Cívica. Com Coca-Cola. Ou quem sabe Habib’s da Praça Tamandaré. Geralmente 6 a 8 esfihas e muita... Coca-Cola. Deito-me, pra dormir, pouco tempo depois. Mas isso só ocorre depois de bebericar à pampa no rock. Tenho uma tolerância imensa ao álcool. Tomo uma caixa de cerveja em lata na boa, sem problemas. Não fumo nada, nem cheiro.”
Quando terminei meu relato à doutora gastro, onde fui me queixar de uma dor de estômago persistente, ela estava com o olhar perdido, com um leve toque de nojo na face pálida. Ao arrematar meu conto de horrores, disse-lhe que me medicava sozinho, sem orientação médica: cloridrato de ranitidina, ou omeprazol. Soma-se o fato de eu ser completamente sedentário. Ela suspirou e pausadamente me disse que assim eu não chegaria aos 60 como uma pessoa saudável, isso SE chegasse, e que era preciso imediatamente mudar os hábitos alimentares.
Então, estive diante de um dilema: e minha postura auto-destrutiva de roqueiro, como fica? Gordura, álcool, Coca-Cola e café são vitais para meu organismo. Se fico sem eles, bate uma tristezinha sem fim. Mas por outro lado, meu estômago é uma colônia de bactérias, e está caminhando a passos largos para uma úlcera gástrica. É o que dizem os exames, com a deselegante expressão “gastrite crônica severa”. Porra...
De repente, eu vejo todo um estilo de vida sendo ameaçado. Como freqüentar o rock sem beber? Ou como disse a doutora – “beber comedidamente”? Como almoçar no fim de semana, não sendo um legítimo viking? Estes hábitos fazem parte da minha identidade pessoal, oras...
Posso tentar, sem dúvida. Afinal, ouvi uma taxativa doutora me alertando sobre um enfarte prematuro, ou uma úlcera estomacal. Não quero nada disso. E sei que também não quero deixar o “tudão” da Praça Cívica após o Martin Cererê. Não quero beber “comedidamente” nos shows, porque assim não tem graça. Não há como ser roqueiro fodão sem chapar (é óbvio que esta é a MINHA concepção de roqueiro fodão).
Pensar que uma noitada rock envenena tanto a ponto de condenar à morte prematura me assusta. Lógico, há casos e casos. Você pode ser mais resistente que eu. Seu eletrocardiograma pode não acusar leve arritmia como o meu. O rock já fodeu meu ouvido, sou parcialmente surdo. O rock já desgraçou meu bolso, com o vício de discos, guitarras, baixos, cubos e etc. O rock já me meteu em “n” encrencas. Agora, constato que ele está ali, em meio ao complô contra meu organismo. O filho da puta está me tentando. Parar de beber? Comer saudavelmente? NUNCA! Pelo menos enquanto o rock circular nas veias. É isso que ele me diz.
Enquanto me acabo frente a esta decisão – deixar de ser eu e ser saudável, ou continuar a ser um troll e morrer logo – eu me propus a observar o que entra pela minha boca dentro do rock, aqui em Goiânia. E desdobrar isso, em múltiplos assuntos que possam surgir. Grande parte dos meus problemas estomacais eu devo ao rock! E é através dele que quero compartilhar algumas opiniões sobre o que comemos na “rock city”. Lugares, comidas, bebidas, shows e eventos ligados ao rock serão aqui comentados, não como crítica profissional, pois não tenho este gabarito, mas como forma de debater um assunto interessante. Eu vou me divertir muito...
2 comentários:
malandro! dá seqüência que o negócio tá firmeza demais...
quero ver se eu não estou me fodendo também com esses rangos lokis de quebrada rock.
p.s.: e quem sabe não rola uma permuta de receitas... eu saco umas paradas aí que valem a pena... hahahaha.
x.abraço.x
Fábio Calaça
Hahahahah cara dá pra ser roqueiro de boa e frequentar uma academia...
O que eu acho destrutivo mesmo é ser rockeiro, casado e continuar na mesma vida, o casamento em si já leva ao sedentarismo, de acordo com os meus calculos vc ganha 1 kg de massa inerte a cada 1 ano de casado heheheehehe
o que tem me salvado é o fato de eu gostar muito de comida japonesa e de salada, coisas que não fazem muito o "esterotipo" rockeiro
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