Cara, lá se vão 10 anos. Permitir-me-ei usar alguns lugares-comuns aqui: como foi rápido, parece que se passaram 10 meses de Ímpeto. Não, não pretendo resenhar minha própria banda, não sou tão estúpido. Mas deixa eu dizer pra vocês algumas coisas sobre o Ímpeto, que irão soar mais como memórias, relatos de algo que fiz e faço e que julgo legal.
Uma brincadeira de 4 amigos de ETFG, que começou com o bizarro nome de “Screaming in Silence”, em 1997, e que duraria 3 ou 4 ensaios. Depois, como Ímpeto, no início de 1999, o primeiro show (se é que se pode chamar assim) com menos de 10 sons, incluindo alguns covers, no Cantoria, que recebia o 1º Domingão da Brodagem. Isso mesmo, cara-de-pau imensa, em madeira de lei, da nossa parte. Bacuras e Didi gritando, Jander no baixo, Guga Valente baterista e André Erl (ainda sem o Alemão) na guitarra.
Tento não me render ao saudosismo: a experiência no Cantoria ainda mexe muito comigo. Participei diretamente da organização dos “Domingões”, na Liga Hardcore de Goiânia. Tempos de extremismos bobos, típicos da adolescência. Enfim, lembrar de tudo aquilo me emociona de verdade.
Desse extremismo também vinha a proposta estética musical do Ímpeto: antimúsica (acertei a nova grafia?), subverter a estrutura da música. Assim eram feitos os sons.
Muitos shows aqui, também no DF, algumas cidades do interior. Pouca divulgação, pouca importância em estabelecer padrões para o som, e o compromisso apenas com o bem-estar em se fazer música barulhenta. Tosco por opção, por ideal, he, he, he...
Talvez por nascer como um projeto alternativo de seus integrantes (Bacural, Guga e eu tocávamos em outras bandas), o Ímpeto nunca tenha sido a real prioridade, dentro do rock, para seus membros. Isso é um palpite, não é uma verdade. Mesmo em fases onde o som fluía numa facilidade espantosa.
Quando Júlio WCM entrou para as baquetas do Ímpeto, a banda deu um salto de qualidade visível. Compúnhamos músicas novas em todos os ensaios. O grande problema é que estes aconteciam (e acontecem) a cada seis meses. Acredite. E muitos sons legais eram esquecidos. Tocamos inúmeras vezes sem ensaios. Sim, este folclore é verdadeiro. Não é lenda não. Mas o entrosamento entre nós é tão grande, que tocar os sons antigos, de 10 anos atrás, é quase automático.
Eu costumo chamar de “fases” alguns momentos distintos da banda. Eu já estive fora do Ímpeto por mais ou menos um ano. Cheguei a pogar em show do Ímpeto, sem estar na formação. Foi quando Guilherme C(h)oice esteve na guitarra, meu posto na formação original. Dedicava-me exclusivamente ao Kundaline, neste ínterim.
Daniela Canhête, ex-Èlet, esteve conosco. Vi poucas pessoas, em 16 anos de rock, com sua atitude. É alguém que tenho no meu panteão goiano do rock. Ela sabe disso.
Lúcio Didi é nosso Chuck Norris. Não houve, não há e não haverá baterista mais pedreiro que ele. Furando peles constantemente, em ensaios e shows, devido à força com que batia. O cara era 0% de gordura, e levantava caminhão de brita com dois dedos. Uma das pessoas mais sinceras e honestas que eu conheci na vida inteira, nestes 29 anos.
Janderjans Monteiro, o Jander Joaninhas, o cara da flanela. O primeiro baixista do Ímpeto. Cidadão tocantinense, espírito de baiano, contador de “causos”. Passou muito tempo sendo baixista sem o ser! Ha, ha, ha, ha!!! Companheiro das 1ªs brejas, após nos tornarmos “caídos”, ex-straight edgers. Putz...
Nunca ri tanto enquanto Alexandre Senhori WCM esteve no Ímpeto. O cara é uma figura! Espontâneo, nos matava de rir nos ensaios. Virtuoso, inventava suas próprias bases, que nada tinham a ver com os sons. Descobrimos isso e mais uma vez, demos pala. Nino, do Castelo Rá-Tim-Bum.
Uma brincadeira de 4 amigos de ETFG, que começou com o bizarro nome de “Screaming in Silence”, em 1997, e que duraria 3 ou 4 ensaios. Depois, como Ímpeto, no início de 1999, o primeiro show (se é que se pode chamar assim) com menos de 10 sons, incluindo alguns covers, no Cantoria, que recebia o 1º Domingão da Brodagem. Isso mesmo, cara-de-pau imensa, em madeira de lei, da nossa parte. Bacuras e Didi gritando, Jander no baixo, Guga Valente baterista e André Erl (ainda sem o Alemão) na guitarra.
Tento não me render ao saudosismo: a experiência no Cantoria ainda mexe muito comigo. Participei diretamente da organização dos “Domingões”, na Liga Hardcore de Goiânia. Tempos de extremismos bobos, típicos da adolescência. Enfim, lembrar de tudo aquilo me emociona de verdade.
Desse extremismo também vinha a proposta estética musical do Ímpeto: antimúsica (acertei a nova grafia?), subverter a estrutura da música. Assim eram feitos os sons.
Muitos shows aqui, também no DF, algumas cidades do interior. Pouca divulgação, pouca importância em estabelecer padrões para o som, e o compromisso apenas com o bem-estar em se fazer música barulhenta. Tosco por opção, por ideal, he, he, he...
Talvez por nascer como um projeto alternativo de seus integrantes (Bacural, Guga e eu tocávamos em outras bandas), o Ímpeto nunca tenha sido a real prioridade, dentro do rock, para seus membros. Isso é um palpite, não é uma verdade. Mesmo em fases onde o som fluía numa facilidade espantosa.
Quando Júlio WCM entrou para as baquetas do Ímpeto, a banda deu um salto de qualidade visível. Compúnhamos músicas novas em todos os ensaios. O grande problema é que estes aconteciam (e acontecem) a cada seis meses. Acredite. E muitos sons legais eram esquecidos. Tocamos inúmeras vezes sem ensaios. Sim, este folclore é verdadeiro. Não é lenda não. Mas o entrosamento entre nós é tão grande, que tocar os sons antigos, de 10 anos atrás, é quase automático.
Eu costumo chamar de “fases” alguns momentos distintos da banda. Eu já estive fora do Ímpeto por mais ou menos um ano. Cheguei a pogar em show do Ímpeto, sem estar na formação. Foi quando Guilherme C(h)oice esteve na guitarra, meu posto na formação original. Dedicava-me exclusivamente ao Kundaline, neste ínterim.
Daniela Canhête, ex-Èlet, esteve conosco. Vi poucas pessoas, em 16 anos de rock, com sua atitude. É alguém que tenho no meu panteão goiano do rock. Ela sabe disso.
Lúcio Didi é nosso Chuck Norris. Não houve, não há e não haverá baterista mais pedreiro que ele. Furando peles constantemente, em ensaios e shows, devido à força com que batia. O cara era 0% de gordura, e levantava caminhão de brita com dois dedos. Uma das pessoas mais sinceras e honestas que eu conheci na vida inteira, nestes 29 anos.
Janderjans Monteiro, o Jander Joaninhas, o cara da flanela. O primeiro baixista do Ímpeto. Cidadão tocantinense, espírito de baiano, contador de “causos”. Passou muito tempo sendo baixista sem o ser! Ha, ha, ha, ha!!! Companheiro das 1ªs brejas, após nos tornarmos “caídos”, ex-straight edgers. Putz...
Nunca ri tanto enquanto Alexandre Senhori WCM esteve no Ímpeto. O cara é uma figura! Espontâneo, nos matava de rir nos ensaios. Virtuoso, inventava suas próprias bases, que nada tinham a ver com os sons. Descobrimos isso e mais uma vez, demos pala. Nino, do Castelo Rá-Tim-Bum.
Vegetarianismo. Eis um mote permanente nos primeiros anos. Éramos todos vegetarianos. Alguns inclusive se rotularam SxE. Fiz isso num curto espaço de tempo, mas fiz. Não usávamos álcool, nem marijuana. Garotos bem-comportados. Negávamos uma boa picanha maturada, passávamos longe de um cupim gotejando colesterol. Histórias mil de sofrimento por estes ideais, que faziam todo sentido, anos atrás, pra nós da banda. Quantos "X-Quaresma" detonamos? Quantos litros de refrigerecos diversos (Coca-Cola era pra vendidos alienados)? Hoje, apenas Bacural e Júlio continuam se alimentando saudavelmente. Devem ter muito menos colesterol que eu, são bem mais magros, mais ágeis, não ficam bêbados nunca... enfim, COITADOS! Não sabem o que estão perdendo, he, he, he, he... Estou cooptando Júlio pro meu time. Já tenho excelentes resultados.
A primeira demo foi em K-7, tosca. Um ou outro material em coletâneas pelo Brasil afora, e só.
O novo material mescla sons antigos e novos. Vai ser lançada de forma organizada. Pretendemos dar um gás novo ao Ímpeto, tocando mais, ensaiando e compondo mais.
O Ímpeto é assim, existe porque a necessidade de gritar às vezes é muito urgente. Existe porque a amizade ali é forte demais. Existe porque já virou lenda, folclore caricato da atitude moleque hardcore. Existe porque é sincero, ninguém ali faz pose. Existe porque é necessário na vida de seus integrantes atuais: Bacuras, Júlio, Guga e eu. Da minha parte, hardcore até onde der!
A primeira demo foi em K-7, tosca. Um ou outro material em coletâneas pelo Brasil afora, e só.
O novo material mescla sons antigos e novos. Vai ser lançada de forma organizada. Pretendemos dar um gás novo ao Ímpeto, tocando mais, ensaiando e compondo mais.
O Ímpeto é assim, existe porque a necessidade de gritar às vezes é muito urgente. Existe porque a amizade ali é forte demais. Existe porque já virou lenda, folclore caricato da atitude moleque hardcore. Existe porque é sincero, ninguém ali faz pose. Existe porque é necessário na vida de seus integrantes atuais: Bacuras, Júlio, Guga e eu. Da minha parte, hardcore até onde der!
8 comentários:
Esse é o Ímpeto, o hardcore maroto da rapaziada que nega a vida adulta, hauhauhaauahauha
HARDCORE ATÉ ONDE DER!
Belo texto, André, só não chorei porque ao mesmo tempo que leio seu texto, assisto ao Cannibal Corpse no clipe do Apache. Senão, já era.
It's we in the tape!
pode crer, bróder. é nóis que tá!
Muito bacana isso, banda boa, foi mal ter atrapalhado um dos shows de vocês no Birita mas foi com uma boa intenção, pena que os pingorantes de R$0,10 não deixaram o cérebro funcionar direito.
Saudade do Cybergoias e as aventuras do Armando comendo porcarias por aí. hehehe...
satisfação demais ler isso aí.
somos nozes, andré!
abrats!
QUEM NASCEU PARA SER PEDRERO NUNCA CHEGA A SER DOTÔ...o concreto corre nas veias!!!!!!!!!
( MUNDO GIRA, e a VIAJEM, TAO POUCO, MUDA o CURSO dessa RODA-VIDA!)HAIL!DIDI
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